Entre indígenas em Rondônia, o número de casos também é expressivo
Porto Velho, Rondônia - O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), alerta gestores municipais quanto ao aumento dos casos de malária no Estado, para que adotem a prática de ações complementares, em obediência às normas técnicas do Ministério da Saúde, no intuito de conter o avanço da doença no Estado.
Dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep), apontam que em Porto Velho, de janeiro a agosto de 2021, foram 4.525 casos de malária.
Um acréscimo de 54%, se comparado com o mesmo período de 2020. Em Candeias do Jamari, foram 1.394 casos, tendo aumento de 16,7%. Guajará-Mirim vem em seguida com 779 casos, aumento de 9,3%.
Entre indígenas em Rondônia, o número de casos também é expressivo. Na região de Guajará-Mirim, a ocorrência de malária nas aldeias aumentou mais de 65%, sendo 857 casos.
Entre indígenas em Rondônia, o número de casos também é expressivo. Na região de Guajará-Mirim, a ocorrência de malária nas aldeias aumentou mais de 65%, sendo 857 casos.
“Sabemos do aumento de casos de malária em nosso Estado, constatamos que a maioria trata-se de casos notificados nas reservas indígenas de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, por isso já estamos tomando providencias quanto o papel da Agevisa para combater, controlar a endemia em conjunto com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Dsei), além disso estamos intensificando apoio aos municípios”, disse o diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório.
O coordenador do Programa Estadual de Malária na Agevisa, Valdir França, explica que “os principais fatores para o aumento é a falta de constância nos diagnósticos realizados pelos municípios.
O coordenador do Programa Estadual de Malária na Agevisa, Valdir França, explica que “os principais fatores para o aumento é a falta de constância nos diagnósticos realizados pelos municípios.
Mas tivemos uma reunião na semana passada com a Dsei, e os secretários de saúde municipais de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, onde foi definido um trabalho em conjunto para realizar ações tratativas dentro das aldeias”, afirmou.
A Casa de Apoio a Saúde do Índio (Casai), informou que apesar desse aumento na região, nos últimos anos não foram registradas mortes pela doença. Apesar do risco, o tratamento tem sido feito nas próprias aldeias indígenas e nenhum paciente se encontra internado no município.
Uma equipe do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cepem), segue para o município, para fazer uma força-tarefa na região para controlar o avanço da doença.
O coordenador explica que, nos casos em que há reincidência da doença, é importante que ocorra um trabalho mais minucioso por meio de tratamento supervisionado, seguindo as diretrizes do Novo Guia de Tratamento da Malária no Brasil de 2020.
SOBRE A MALÁRIA
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente à outra pessoa; é necessária a participação de um vetor, que no caso é a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego), infectado por plasmodium, um tipo de protozoário.
Estes mosquitos são mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia são encontrados no período noturno, porém em menor quantidade. Qualquer pessoa pode contrair a malária. Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
Fonte: Secom
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