O preço do gás de cozinha voltou a subir. Em outubro, o aumento foi de 1,23% se comparado ao mês de setembro. Em algumas cidades, o item já está sendo comercializado a R$ 135, segundo dados da pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a ANP, no começo de outubro, o preço médio da botija de 13 quilos é de R$ 114,78. Entretanto, o consumidor pode pagar até R$ 20 a mais pelo botijão. Veja o preço máximo encontrado em Rondônia:
Cacoal: R$ 135,00
Pimenta Bueno: R$ 125,00
Vilhena: R$ 125,00
Porto Velho: R$ 120,00
Abaixo, veja os cinco estados com o gás mais caro no país, conforme o preço médio de venda:
Mato Grosso: R$ 119,67
Rondônia: R$ 114,78
Acre: R$ 114,06
Amapá: R$ 111,11
Roraima: R$ 110,96
Segundo a pesquisa, em Rondônia e em outros 15 estados, o preço médio do botijão de gás já consome quase 10% do salário mínimo, que hoje está em R$ 1,1 mil.
Por que o preço do gás está subindo?
Para entender o porquê do preço do gás estar subindo, é preciso conhecer como é feita a composição do preço de venda da botija. Veja abaixo como esse preço é composto atualmente, segundo dados da Petrobras:
O gás de cozinha é produzido do petróleo – de fato, seu nome é ‘gás liquefeito de petróleo’, ou GLP. E os preços internacionais do petróleo tiveram forte alta no ano, puxados, entre outros motivos, pela recuperação do consumo internacional após o forte declínio do ano anterior, resultado da pandemia da Covid-19.
Desde o início do ano, os preços internacionais do barril de petróleo já subiram mais de 40%. Além da política de preços da Petrobras seguir a variação do mercado externo, parte considerável do GLP consumido no Brasil é importada. Assim, quando os preços sobem lá fora, sobem aqui também.
Câmbio
Com parte importante do preço do gás de cozinha atrelada ao custo lá fora, não surpreende que o real desvalorizado frente ao dólar também pese no bolso do consumidor brasileiro. Se a taxa de câmbio está alta, o custo de importação aumenta e isso se reflete no preço final do petróleo e derivados.
ICMS
O imposto estadual tem grande peso sobre o valor na bomba – e o valor final pago pelo consumidor em ICMS aumentou este ano em alguns estados. A alíquota, no entanto, não teve alteração.
Isso acontece porque o imposto é cobrado em cima de uma estimativa de preço médio pago pelos consumidores. Como o preço do GLP subiu, alguns estados aumentaram também o valor de referência sobre o qual é cobrado esse tributo.
Custos operacionais
O preço final do botijão também tem refletido uma alta nos custos de produção e logística. As distribuidoras do combustível têm pagado mais pelo transporte do produto – e esse custo é repassado aos consumidores.
Como economizar?
Cheque o botijão de gás e as mangueiras
Verifique as roscas do botijão de gás e os canos do fogão e forno despejando um pouco de espuma de sabão e observando se há algum vazamento no caso de formação de bolhas de ar.
Mantenha as bocas do fogão limpas
Se as chamas estiverem com tons amarelos ou laranjas, é sinal de que as bocas estão sujas ou com mau funcionamento. Com isso, o fogo perde sua potência e acaba gastando mais gás para cozinhar o alimento.
Evite a passagem de vento
Feche as janelas enquanto cozinha. O vento diminui a potência das chamas, exigindo mais tempo para que a panela atinja a temperatura ideal.
Use bocas do fogão adequadas
Colocar uma panela pequena em uma boca grande é desperdício de gás de cozinha.
Tampe as panelas
Panelas tampadas aproveitam mais as chamas e, por isso, cozinham mais rápido, já que o calor não se dissipa para o ar.
Corte os alimentos em pedaços
O tempo de uso é determinante para a economia de gás. Por isso, quanto menor o corte do alimento, menos tempo ele levará para ser cozido.
Otimize o uso do forno
Tente cozinhar pratos diferentes de uma só vez no forno. Um exemplo são o prato principal e a sobremesa.
Composição dos preços do botijão de gás — Foto: Arte/g1
Petróleo
Fonte: G1 RO
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