Na terceira via, ex-juiz tentará assumir liderança entre os que se apresentam como anti-Lula e anti-Bolsonaro
O ex-juiz vai manter como principal marca de sua eventual candidatura a bandeira do combate à corrupção. Apoiadores esperam que ele seja recebido pelo eleitorado como uma espécie de anti-Lula e também de anti-Bolsonaro. Para reforçar esta imagem, e como forma de marcar o início desta trajetória, está previsto para o início de dezembro o lançamento do livro “Contra o Sistema da Corrupção, de autoria de Moro.
Livro que será lançado em dezembro REPRODUÇÃO
O ex-magistrado, que hoje vive nos Estados Unidos, mantém reserva sobre o tema e evita dar declarações sobre a candidatura. No entanto, o vazamento de informações sobre sua filiação, rompendo o compromisso de sigilo, veio logo após a notícia da filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD, prevista para esta quarta. Os movimentos de ambos sinalizam para a tentativa de se destacar do pelotão de pelo menos 7 potenciais pré-candidatos da chamada terceira via, como forma de se antecipar nas articulações pré-eleitorais.
Na disputa com Pacheco, Moro é visto como nome mais forte, por sair na frente no quesito "conhecimento do eleitor". O ex-juiz é amplamente mais conhecido pelo eleitor do que o presidente do Senado. No entanto, o senador teria margem expressiva para crescer, uma vez que está livre da eventual rejeição, à qual Moro não estaria imune.
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