Porto Velho, RO - Não é só a eleição de 2022 que já está fervilhando nos bastidores da capital do Estado. O carnaval do próximo ano começa a ser discutido aos quatro cantos da cultura para dar um “bota fora” definitivo na pandemia. O grande assunto, porém, é o retorno do empresário Carlinhos Camurça (e pré-candidato a deputado estadual) ao circuito carnavalesco.
O assunto foi pauta de uma reunião na Funcultural, a pasta da cultura responsável pela regulamentação das atividades momescas de 2022. O retorno de Carlinhos Camurça é visto com bons olhos, mas desde que não haja imposições. A Liga dos Blocos é a entidade responsável pela organização do calendário de desfile dos blocos.
Toda e qualquer agremiação que quiser participar dos desfiles de trio elétricos regulamentados por Lei Municipal nos chamados corredores culturais devem estar filiados à Liga. Os representantes dos blocos defenderam na reunião que, para se chegar ao atual estágio de organização dos desfiles nos circuitos de ruas, foram muitos anos de debate inclusive com a PM e o MP.
Quebrar essa harmonia estabelecida entre órgãos de segurança e órgãos de controle, inclusive com a Prefeitura, não será aceita, pois será vista como um retrocesso de todos esses anos. A vinda do empresário é para somar, mas dentro do que foi estabelecido em comum acordo com a comunidade carnavalesca das quatro regiões da cidade.
Alguns carnavalescos que citaram o próprio Carlinhos Camurça como “vilão” e “herói” do carnaval, pois como empresário carnavalesco revolucionou o carnaval popular, ao mesmo tempo em que, quando prefeito da capital, criou a famigerada Lei 190, a Lei dos Grandes Eventos, que penalizou por muitos anos os blocos carnavalescos, através da cobrança absurda de taxas e impostos de entidades sem fins lucrativos.
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