O ex-ministro da Justiça Sergio Moro rebateu, nesta quinta-feira 4, as acusações feitas pelo presiden Bolsonaro em depoimento à Polícia Federal Segundo o ex-capitão Moro condicionou uma troca no comando da corporação e uma indicação ao STF.
“Não troco princípios por cargos. Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro”, afirmou o ex juiz em nota. “Aliás, nem os próprios Ministros do Governo ouvidos no inquérito confirmaram essa versão apresentada pelo Presidente da República”. Moro ainda declarou que, os “motivos reais” para a troca no comando da PF “foram expostos pelo pró Presidente na reunião ministerial de 22 de abril de 2020 para que todos ouvissem”.
O depoimento de Bolsonaro, conduzido na quarta-feira 3, ocorreu no âmbito do inquérito que apura po interferência ilegal do presidente na PF.
“QUE ao indicar o DPF RAMAGEM ao ex-ministro SERGIO MORO, este teria concordado com o Preside desde que ocorresse após a indicação do ex-Ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal” trecho da oitiva.
Moro argumenta que Bolsonaro o pressionou pela troca na diretoria-geral da da PF em agosto de 201 janeiro, março e abril de 2021. O presidente nega as acusações e alega que a saída de Maurício Valeixo foi motivada por “falta de interlocução”.
Em maio de 2020, já fora do governo, Moro prestou depoimento à PF e declarou ainda que Bolsonaro em fevereiro, trocar o superintendente do órgão no Rio de Janeiro. “A mensagem tinha, mais ou meno seguinte teor: ‘Moro você tem 27 Superintendências, eu quero apenas uma, a do Rio de Janeiro’”, diz o relatório sobre o depoimento do ex-ministro.
Em nota divulgada nesta quinta-feira 4, o advogado de Moro, Rodrigo Sánchez Rios, diz que foi “surpre pela notícia de que o presidente da República, investigado no Inquérito 4831, prestou depoimento à autoridade policial sem que a defesa do ex-ministro fosse intimada e comunicada oficialmente, com a antecedência, impedindo seu comparecimento a fim de formular questionamentos pertinentes, nos m do que ocorreu por ocasião do depoimento prestado pelo ex-ministro em maio do ano passado”.
Leia a íntegra do depoimento de Bolsonaro:
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