Jair Bolsonaro dá-se ao luxo de só bater em Lula, e de orientar sua tropa a fazer o mesmo. Lula é seu adversário preferido. Nas contas dele, seria o mais fácil de derrotar ano que vem.
De resto, bater em nomes que ainda carecem de apoio em massa só serviria para fortalecê-los. Seria uma jogada burra, primária, amadora, não à altura da experiência acumulada por ele.
O que Bolsonaro mais teme é um candidato da dita terceira via que venha a consolidar-se como tal. Porque, nesse caso, ele correria o risco de ficar de fora do segundo turno, quiçá do primeiro.
Pela terceira via, o nome que mais o ameaça é o do ex-juiz Sergio Moro, o paisano dono da maior coleção de condecorações militares desde que a Operação Lava-Jato foi deflagrada.
Bolsonaro torce para que venha pela terceira via o governador João Doria, de São Paulo, que a seu juízo teria dificuldades de unir seu próprio partido, o PSDB, quanto mais os outros.
Em resumo: é tempo de Bolsonaro seguir batendo em Lula, e só uma vez ou outra em quem mais puser a cabeça de fora. Lá pelo fim do primeiro trimestre de 2022, escolherá também outro alvo.
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