Brasil - O primeiro turno da eleição para presidente da República está marcado para 2 de outubro de 2022, mas as negociações por alianças e o lançamento de pré-candidaturas se intensificou nos últimos meses de 2021.
O cenário definitivo ainda está longe de ser definido. A Justiça Eleitoral determina que o período para os partidos realizarem convenções e decidirem seus candidatos vai de 20 de julho a 5 de agosto. O pedido de registro da candidatura deve ser feito até 15 de agosto.
ALESSANDRO VIEIRA (Cidadania)
Situação: o senador por Sergipe anunciou em setembro que seria pré-candidato. Vieira, que é delegado da Polícia Civil, teve notoriedade ao longo de 2021 em razão de sua participação na CPI da Covid. Está no primeiro mandato no Congresso.
Lançamento: já foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
ANDRÉ JANONES (Avante)
Situação: o deputado federal por Minas Gerais foi escolhido pelos diretórios do partido, em novembro de 2021, como o pré-candidato do Avante na eleição para presidente. Advogado de formação, Janones está no primeiro mandato no Congresso.
Lançamento: já foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
CABO DACIOLO (Brasil 35)
Situação: Filiou-se ao partido Brasil 35 em outubro de 2021. Logo após a filiação, foi anunciada a pré-candidatura de Daciolo à Presidência da República. Ex-deputado federal, ele foi candidato em 2018 e obteve 1,3 milhão de votos.
Lançamento: já foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
CIRO GOMES (PDT)
Situação: foi candidato pelo partido em 2018, quando obteve 13,3 milhões de votos. Logo depois das eleições, naquele ano, se lançou como pré-candidato para 2022. Desde então, tem se manifestado em entrevistas e redes sociais com críticas ao presidente Jair Bolsonaro e a outros pré-candidatos.
Lançamento: após o primeiro turno da votação da PEC dos Precatórios na Câmara, em que o o PDT votou junto com o governo Bolsonaro, Ciro retirou a pré-candidatura, por discordar do partido. No segundo turno, o PDT votou contra, e Ciro se manifestou nas redes sociais em tom conciliatório com a legenda. A cúpula do partido diz que Ciro é pré-candidato, mas não houve um lançamento oficial.
FELIPE D'AVILA (Novo)
Situação: O partido Novo lançou no início de novembro o cientista político Felipe d'Ávila como pré-candidato da legenda à Presidência da República. Se confirmar a candidatura, será a segunda vez que o Novo participará de uma eleição presidencial. Em 2018, o ex-presidente da sigla João Amoêdo ficou em quinto lugar, com 2,5% dos votos.
Lançamento: já foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
JAIR BOLSONARO (PL)
Situação: O presidente da República saiu do PSL em novembro de 2019, partido pelo qual se elegeu, após desentendimentos com líderes da sigla. Depois de dois anos sem partido, Bolsonaro se filiou ao PL em 30 de novembro de 2021. Nas eleições de 2018, Bolsonaro teve 49,2 milhões de votos no primeiro turno e 57,8 milhões no segundo turno.
Lançamento: o acerto entre PL e Bolsonaro visa a eleição presidencial, mas, formalmente, o nome do presidente, até a última atualização desta reportagem, não tinha sido oficializado como pré-candidato.
JOÃO DORIA (PSDB)
Situação: O governador de São Paulo tenta se viabilizar como o principal nome da terceira via na eleição para presidente. No dia 27 de novembro, Doria venceu as prévias internas do partido e foi anunciado como o pré-candidato para 2022. Após o resultado, fez um discurso com críticas aos potenciais adversários Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Lançamento: vencedor das prévias, já foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA (PT)
Situação: o ex-presidente governou o país entre 2003 e 2010. Em 2018, não disputou as eleições, porque havia sido preso no processo do triplex do Guarujá, conduzido pelo então juiz federal Sergio Moro. Em abril de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações contra Lula, por entender que o caso não cabia à Justiça Federal do Paraná. Já no segundo semestre de 2021, Lula começou a percorrer o Brasil e outros países como pré-candidato.
Lançamento: o ex-presidente tem tido compromissos de pré-candidato, como conversar com potenciais aliados e viagens para encontrar lideranças políticas, mas seu nome, até a última atualização desta reportagem, não foi lançado oficialmente pelo partido.
RODRIGO PACHECO (PSD)
Situação: O presidente do Senado se filiou ao PSD em outubro de 2021. Na ocasião, o presidente do partido, Gilberto Kassab, já falava em Pacheco como pré-candidato em 2022. Semanas depois, em evento do aniversário do PSD, Pacheco foi celebrado pelos líderes do partido como pré-candidato. Mas a decisão ainda não é oficial. Ele é outro nome que tenta despontar na terceira via.
Lançamento: embora o presidente do partido defenda a pré-candidatura, o nome de Pacheco não foi lançado oficialmente até a última atualização desta reportagem.
SERGIO MORO (Podemos)
Situação: o ex-juiz federal, responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, e ex-ministro da Justiça se filiou ao Podemos em novembro de 2021. Dias depois, declarou que é pré-candidato. Moro tem ido ao Congresso para costurar alianças para a sua candidatura. Saiu do governo fazendo críticas ao presidente Jair Bolsonaro e intensificou essa postura na condição de pré-candidato. Também busca crescer como o principal nome da terceira via.
Lançamento: até a última atualização desta reportagem, não houve um lançamento oficial da pré-candidatura de Moro, mas a cúpula do Podemos tem dito que ele é o nome do partido para 2022.
SIMONE TEBET (MDB)
Situação: a senadora pelo Mato Grosso do Sul foi anunciada pelo MDB como pré-candidata do partido no fim de novembro de 2021. Ao longo do ano, Tebet teve notoriedade nacional com atuação na CPI da Covid, da qual participou como representante da bancada feminina no Senado. Também é uma das líderes da bancada feminina.
Lançamento: o nome da senadora já foi lançado oficialmente pelo partido.
Fonte: G1
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