Assistência a pacientes suspeitos de dengue é tema de capacitação em Guarapuava
Foto: SESA


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu nesta quarta-feira (10) uma capacitação direcionada a profissionais da área para aprimorar o diagnóstico e o manejo de pacientes suspeitos de dengue. O encontro, coordenador pela 5ª Regional de Saúde, aconteceu em Guarapuava, no Centro-Sul, e contou com cerca de 250 participantes, entre médicos e enfermeiros, todos de municípios de abrangência da Regional.

Com objetivo de fortalecer o conhecimento dos profissionais, a capacitação abordou as especificidades do diagnóstico da dengue, desde casos mais leves até situações onde há sinais de alarme, proporcionando uma identificação mais precisa da doença.

"A capacitação é fundamental para enfrentamento à doença de forma eficaz. Aprimorando nossos recursos humanos e técnicos podemos garantir atendimento de qualidade à população", disse Eneas Cordeiro de Souza Filho, médico da Sesa. Saúde reúne hospitais com UTI e serviços de diálise para discutir segurança do paciente

A dengue apresenta uma enfermidade febril aguda, de caráter sistêmico e dinâmico, variando desde casos assintomáticos até situações graves, incluindo fatalidades. Em pacientes sintomáticos, ela pode se manifestar por meio de três fases clínicas distintas: febril, crítica e de recuperação.

O primeiro sintoma evidente é a febre, geralmente ultrapassando os 38ºC, com início abrupto e duração de dois a sete dias. Essa condição pode estar associada à cefaléia, fadiga, dor muscular e nas articulações, dor retro-orbital ou manifestações cutâneas.

Com a diminuição da febre (entre o 3º e 7º dia dos sintomas iniciais), a maioria dos pacientes experimenta uma recuperação gradual. Entretanto, alguns indivíduos podem progredir para a fase crítica da doença, caracterizada pelo surgimento de sinais de alerta.

Eneas Filho ressaltou, ainda, a necessidade de alertar a população para que não faça uso da automedicação na suspeita de dengue, especialmente os anti-inflamatórios, além da importância da hidratação prescrita pelo médico e de explicar que o início do tratamento independe de resultado de exame.Paraná tem mais médicos por habitantes do que a média nacional, aponta pesquisa

BOLETIM – Desde o início do atual período sazonal da doença, em julho de 2023, o Estado registra 103 mortes, 184.819 casos confirmados, 89.012 em investigação e 395.214 notificações. Os dados estão no último boletim publicado nesta terça-feira (9). A Regional de Guarapuava tem 2.488 casos confirmados e nenhum óbito até ao momento.